Sair pintar por aí é bem interessante. Procuro sempre pintar quando não há pessoas por perto, mas as vezes não é possível. Quando é um trabalho demorado sempre aparece alguém para olhar. Logo vem o compromisso de mostrar que está no controle do desenho.
Neste não foi diferente, enquanto alinhava o stencil para a camada final (tarefa para monges), chegou um cidadão, o que aconteceu depois foi assim:
Cidadão: -Opa.
Eu: -Ooopa.
um breve silêncio....
Cidadão: -Viu, é você que faz estas pinturas por aí?
mais um breve silêncio...
Eu: -Sim, mas não todas.
Continuei a alinhar o stencil no meio um leve vento.
Silêncio...
Silêncio...
Silêncio...
Joguando a tinta preta no stencil e ...
Silêncio...
Silêncio...
Silêncio...
Depois que tirei o stencil, dei um passo para trás e ouvi ao meu lado:
Cidadão: -CABULOSO cara..., até mais mano, vou indo, precisa ensinar a gente estas paradas aí.
Eu: -Pode deixar.
falou...
O cidadão ficou todo o tempo em silêncio, só respeitando meu momento. Obrigado.