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quarta-feira, 9 de março de 2011

Uma possível história de um sofá

Eu era novo, cheirava a plástico de embalagem.
Fui carregado com cuidado, recebido em um lar.
Acompanhei desenhos, novelas, filmes e algumas copas do mundo.
Degustei refrigerante, pipoca, cerveja, café e também alguns vômitos inusitados.
Ouvi brigas, conselhos e juras de amor eterno,
acompanhado de balanços e gemidos engraçados.
Senti diversos perfumes bons e outros cheiros que neim quero lembrar.
Nunca fiz esporte, mas sempre recebia
 um banho de suor nas tardes quentes.
Fiz alguns amigos nesta vida, um tapete que contava a cor
das calçinhas das visitas e um criado mudo de só sorria.
Ganhei pulgas, ácaros, traças e aranhas, aquelas de pernas bem fininhas.
Minha história não deve ser muito
diferente de outros sofás por aí.
Surgir, servir e morrer, assim.

terça-feira, 1 de março de 2011

Andorinhas sim, estrume não.

Nesta semana houve uma cavalgada na cidade. Mesmo com a rua São Pedro cheia de cavalos e muito estrume, não ofuscaram as andorinhas que são o símbolo da cidade. Não é porque o prefeito usa chapéu que deve-mos respirar estrume num dia qualquer, vamos ouvir as andorinhas, elas não fedem.